A subjetividade por trás do sofrimento partilhado durante a pandemia (Covid-19)
Autora: Beatriz da Silva
RESUMO
A Covid-19 causou veloz devastação global. Com estado de pandemia decretado mediante sua gravidade e transmissibilidade, afetou negativamente a sociedade de modo que desarranjassem hábitos socioculturais, obrigando a população a se reorganizar frente aos impactos político-econômicos.
O medo e incertezas somados aos desencontros ideológicos sobre o tema, ampliaram a angústia lançando um fator de risco também à saúde mental. Assim, intervenções psicológicas ganharam espaço e profissionais foram convocados a lidar com implicações decorrentes.
Em contrapartida, cada sujeito destacava um aspecto pelo qual sofria mais. Logo, se pelo olhar da Psicanálise a subjetividade impera sobre a forma em que a vivência é constituída para cada um, se supõe que o sofrimento comum possua raízes em questões individuais.
Em meio à escuta do sujeito que busca aliviar sintomas decorrentes da pandemia, cabe a pergunta: de que ele realmente sofre? A construção aponta que o vírus o tenha convocado para um lugar traumático que já existia antes. Portanto, cabe à um processo analítico a chegada ao conteúdo originário submergido ao que se fala, assim o paciente poderia encontrar formas para lidar com a angústia real.
Palavras-chave: Covid-19; Subjetividade; Sofrimento.
Leia na publicação original ( página 43 )